O culto umbandista
A Umbanda tem como lugar religioso o templo, centro, tenda ou terreiro, o local no qual os umbandistas se encontram em sessões, giras ou cultos para promover atendimentos espirituais por meio da incorporação dos seus guias e entidades.
O chefe é o pai ou mãe de santo, mais correntemente chamado de sacerdote umbandista. São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do templo. São quem coordenam as giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos.
Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns.
Na umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade. Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias.
Há também os ogãs que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via do som dos atabaques e das curimbas ou pontos cantados, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira.
Há os cambonos que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender às entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos.
Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação e ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica.
De forma geral, as entidades que são incorporadas pelos médiuns são os guias: pretos-velhos, caboclos, crianças, boiadeiros, marinheiros, baianos, orientais, mineiros e ciganos. Nas sessões de Quimbanda: exus, pomba-giras e malandros.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Umbanda
Rituais na Umbanda
Um dos principais rituais é chamada "gira", tendo esse nome por imitar o "giro cósmico" do universo. As giras compoêm-se basicamente de três fases, a saber: preparação, abertura e encerramento. Por dentro da gira encontraremos fundamentos básicos que são comuns a todos os terreiros, tais como "pontos cantados", a "defumação", a chamada icorporação de entidades e por dentro das consultas há o receituário de ervas e a indicação de determinados trabalhos de descarrego ou de elevação (nunca com a matança de animais). Existem também outros rituais, como a harmonização, a iniciação, o casamento e o batismo dentro da Umbanda. É curioso, mas poucas pessoas se casam dentro da Umbanda, pois as pessoas ficam com receio das consequências no caso de separação, visto que é feita uma harmonização entre os espíritos dessas pessoas. Já o batismo é mais tranquilo. A Umbanda aceita batismos feitos em outras religiões cristãs (pois para ela, toda são unas). No caso de um novo batismo feito na Umbanda, o Sacerdote umbandista promove um ritual de consagração e reativação do batismo, porém considerando como válido o primeiro batismo.

Palavras do conhecimento Umbandista
Amacys: Banhos e macerados de ervas que servem para a purificação, dissipação de energias negativas, curas físicas e espirituais.
Congá: é o santuário ou altar da Umbanda que reúne uma enorme quantidade de objetos: imagens, de santos católicos incluindo Jesus Cristo, pretos velhos, caboclos, e não seria de admirar se ali também fossem colocadas imagens de deuses hindus [e quem sabe, até, miniaturas de Harry Potter ou Papai Noel...]; velas, flores e até símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil.
Erós: segredos
Gira de Umbanda: é um termo cujo significado é sessão umbandista, com cânticos, danças, rezas e passes magnéticos fluidificados. As giras internas são fechadas para os que estão se iniciando na religião, desenvolvendo a mediunidade; as giras externas, abertas ao público, destinam-se à promoção de curas e resolução dos mais diferentes problemas.
Guias: São colares que funcionam como amuletos, confeccionados com materiais magnéticos, por suas propriedade físicas ou su
Mironga: magia
Tronqueira: Casa de Força do Guardião, que na Umbanda é um Exú, é instalada na porta das Tendas de Umbanda: uma casinha de alvenaria onde são colocados materiais para fixação e desagregação de energias: positivas e negativas, respectivamente, oferendas destinadas a satisfazer ao Exú Guardião. Entre esses materiais destacam-se a água, defumadores, velas e aguardente. O aguardente [cachaça mesmo] serve para que o "Exú chefe da casa e para que todos os Exús possam haurir [absorver] esse elemento e fazer vibrar suas poderosas correntes higienizadoras..." [PARRA].
Pemba: Calcário margoso, caotim, espécie de gesso. Possui largo emprego na Umbanda. A pemba é obrigatoriamente encontrada em locais onde há liturgia propiciatória da abertura dos caminhos [Áscar Ribas. Izomba, p 132, Luanda: Tipografia angolana, 1965]. Pembas de diferentes cores são usadas para marcar ou traçar os pontos sobre o solo ou sobre tábuas de madeira. Também podem ter uso corporal e em outros locais. As cores obedecem às relações simbólicas das entidades: branco para Oxalá; verde, Oxóssi e caboclos; azul e vermelho, Xangô; preto e vermelho, Exu; vermelho, Ogum, etc.. As pembas são adquiridas em embalagens individuais - como pequenos bastões. Pemba também é preparado em pó de diferentes materiais. O pó é usado soprado ou colocado em locais especiais, sobre objetos e pessoas. Para fazer o pó de pemba são utilizados: penas, ossos, raízes, frutos, sementes, chifres etc.. [LODY, p 291]
Pontos Cantados: são cantos cuja entonação, pretendem os umbandistas, geram as freqüências vibratórias necessárias ao trabalho dos mediuns. Não são admitidos atabaques, tambores de qualquer tipo, chocalhos ou palmas, considerados perturbadores do astral. São uma espécie de versão "brazuca" de mantras e os mestres da religião afirmam que os "pontos de Raiz", mais eficientes, são transmitidos por Espíritos. No entanto, as letras caberiam perfeitamente em qualquer roda de samba... Como, por exemplo: "Estrela Guia clareou, estrela guia iluminou, ele vem lá do Oriente com as ordens de Orixalá...
Pontos Riscados: Os Pontos Riscados são símbolos traçados com pemba. Servem como meio para estabelecer contato entre os mediuns e os Espíritos. É uma método presente na Magia ocidental segundo a qual as entidades desencarnadas e outros seres do invisível vêem os seres vivos como formas geométricas em emanações luminosas. No entendimento umbandista os sinais atraem ou repelem "correntes de energia" e são traçados pelos próprios espíritos. Além disso, cada espírito tem seu signo de identificação e outros signos para suas suas mirongas [magias]. Abaixo, alguns destes pontos riscados conhecidos e divulgáveis [porque outros são secretos]:

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